terça-feira, 27 de outubro de 2009

Música Nova - Rodrigo y Gabriela

Quem nunca foi metaleiro na vida? eu sou e Rodrigo y Gabriela (Rodrigo e Gabriela) também. No caso dessa dupla mexicana de violão acústico, totalmente Flamenco, o heavy metal foi tão presente que influenciou não só o set list como a maneira de tocar. Rodrigo y Gabriela formam um dueto musical mexicano que se especializam em tocar violões de flamenco em um ritmo bem rápido. Os membros da dupla estão Rodrigo Sanchez, guitarra, e Gabriela Quintero, guitarra rítmica.
O casal, agora reside em Dublin, na Irlanda, mas são da Cidade do México, - México.
A dupla se encontrou na Cidade do México enquanto tocava em uma banda de thrash metal chamado "Tierra Ácida". Crescente frustração com o limitado cenário musical nacional, pegaram as raízes e se mudaram para a Europa, onde eles se encontraram, tocaram e foram aclamados .


Tocaram muito tempo num lugar fixo em Dublin, na Irlanda, após a audiência, era um lugar que normalmente acolhia músicos que viajavam. Fizeram shows ao vivo em vários bares e casa de shows na Grafton Street e Temple Bar que lhes permitiam praticar a boa música. Em 2005, fizeram tourne em festivais por todo o Reino Unido e além.
A dupla lançou três discos - Foc, ao vivo em Manchester e Dublin, - antes de gravar o seu álbum auto-intitulado Rodrigo y Gabriela que foi produzido por John Leckie. Ele entrou para o irlandês Albums Chart na posição de número 1 batendo Arctic Monkeys e Johnny Cash para o primeiro lugar.  Ele foi lançado internacionalmente em 13 de Março de 2006, tendo sido dada uma versão anterior do irlandês. Rodrigo y Gabriela inclui covers de Led Zeppelin "Stairway to Heaven" e Orion do Metallica ". A lista dueto Metallica como estando entre as suas principais influências, a par de outras bandas de heavy metal, como Megadeth, Slayer, Testament e Overkill. As outras faixas são obras originais inspirados por lugares que foram e as pessoas que conheceram. Live in Japan foi lançado em 20 de outubro de 2008 (Reino Unido), e inclui 14 faixas e um DVD bônus contendo 5 vídeos.
O Led Zeppelin cover song pode ser encontrada no álbum Classics Rhythms del Mundo.
Sua característica na MTV lhes deu um enorme impulso na popularidade nos E.U.A.
Eles estão expostos em "Nightmare Revisited", um álbum de tributo à música de Tim Burton's The Nightmare Before Christmas. O dueto fez uma versão instrumental de "Oogie Boogie's Song".
Também apoiaram Muse at Wembley Stadium, Muse, quando tocaram lá em junho de 2007. Realizaram neste ano Electric Picnic Festival nos dias 4, 5 e 6 de setembro de 2009.


Atualmente lançaram um novo álbum, intitulado 11:11, em setembro de 2009. Após o lançamento do novo álbum, ficaram bem popular, com isso foram apresentados no Monday Night Football, 12 de outubro de 2009,  com eles celebraram Latino Heritage Month, e estiveram em Dancing with the Stars, uma semana depois.

Disponibilizei o álbum Rodrigo y Gabriela para quem quiser baixar.
Para quem gostar e quiser segui-los no Twitter:  /rodgab

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Os instrumentos mais Bizarros já visto no mundo da música.

Como toda segunda é dia de falar de um instrumento musical, eu hoje não tinha nem idéia do que falar, já que essa semana que passou fiquei meio afastado do mundo da música e não vi nada novo, mas fiquei sabendo que rolou uma feira de instrumetos mais loucos já inventados. Tem alguns muito bizarros como uma Guitarra de 12 braços e uma mesa de som totalmente touch screen, segue abaixo os que achei mais interessante:



 Esta é uma guitarra de 12 braços, "72-string guitar", projetado por Yoshihiko Satoh, que revelou em uma exposição de design em Tóquio, em 2007. Muito parecido com um machado-wielding.





 

Este é um precursor inicial do theremin, o Ondes Martenot foi inventado em 1928 e tornou-se conhecido pelo seu tom sobrenatural impertinente. Quem usava muito esse instrumento foi o músico compositor francês Olivier Messiaen.




 Você precisaria ter um fôlego de Elefante para jogar ar nesta tuba gigante, que tem mais de 34 metros de tubulação, pesa 112 quilos, e tem quase 8 metros de altura. Embora se você não controlá-lo, você será recompensado com a capacidade de produzir um relaxamento do intestino, com notas muito baixa, todo três oitavas abaixo do dó médio








O Saxofonista Jay Easton (foto) estava insatisfeito com o tamanho do saxofone padrão, mandou construir um saxofone de 2 metros de altura, (ele acabou vendido por US $ 20.000). É considerado o maior instrumento de sopro de madeira do mundo. Talvez ele estivesse tentando compensar alguma coisa.






Se você estiver dirigindo em Hokkaido, Japão e ouvir um som engraçado que vem sob suas rodas, não se preocupe - você não está louco da cabeça, é simplesmente o BrainWave loopy feito no asfalto pelo Sr. Shinoda (não é o cara do Linkin Park), que cortou sulcos na superfície da estrada para criar melodias quando os pneus passam sobre eles.











 Popularizado pelo técnico de ambiente músico Jean-Michel Jarre - filho do compositor Maurice Jarre filme, que faleceu em Março de 2009 - a "Harpa Laser 'é um instrumento estilo futurista que permite ao usuário fazer sons por depena ou bloqueio de raios de luz.









Se uma guitarra de pescoço duplo da Gibson já era legal, uma guitarra de 12 pescoço deve ser seis vezes mais legal, né? O artista japonês Yoshihiko Satoh é responsável por esta criação ridícula.














Eis, a menor gaita harmônica do mundo. Um sujeito alemão do século 19 que a projetou.
   










Um órgão de tubos que usa garrafas de Guinness para criar as notas. Bem feito pelo designer John Morris.













Este órgão maciço, alojado no Boardwalk Hall, em Atlantic City, Nova Jersey, é o maior e mais alto instrumento do mundo musical. Possui 33.112 tubos e leva quatro horas e uma meia-hora para andar em volta. E ainda assim, todo mundo que o visita sempre querem tocar "Whiter Shade of Pale" nele.








Esta gaita de vidro é tocada pelos dedos que deve ser esfregada levemente contra o vidro de várias taças. Ao contrário de uma gaita regular, este é raramente ouvida sobre baladas de Bob Dylan.








Parte instrumento, parte mesa eletrônica, essa criação bizarra - apelidado o Reactable - funcionamento simples, colocando blocos de símbolos em uma tela translúcida contra a luz. Bjork usou esse instrumento no show dela no Brasil.









Este cravo é inteiramente feito de Lego. A ideia de Henrique Lopes, que construiu-se fora de um número estimado de 100.000 tijolos individuais.











Como a harpa eólica, esse "órgão do mar", localizado na cidade costeira croata de Zadar, usa a natureza para criar sons. As ondas betem contra os tubos fixados na parte inferior de escadas de mármore, criando uma melodia assombrosas. Isso conseguiu trazer muitos turistas impressionados.











Esta nano-guitarra é o menor instrumento do mundo musical. É apenas 10 micrômetros de comprimento, aproximadamente do tamanho de uma célula de sangue humano. Cada seqüência é a largura de cerca de 100 átomos. As cordas podem teoricamente ser arrancadas, mas o som seria inaudível.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Terça de música nova: Dead Man's Bones

Mais uma terça musical, e na maioria das terças, vamos falar um pouco de música nova, assim como todo dia o governo inventa mais um imposto, surge também uma nova banda. A intenção aqui, é só postar bandas de qualidade, pode ser que não agrade a todos, já que gosto cada um tem o seu, mas tentemos agradar a maioria.
Pois bem, a banda desta terça é a Dead Man's Bones, que é uma mistura de Gótico com Folk, formado pelo ator Ryan Gosling (Um Crime de Mestre / A Garota Ideal / Cálculo Mortal e outors filmes que não me lembro) e o desconhecido Zach Shields 



O que contam é que um dia, Ryan e Zach foram até a Mansão Assombrada da Disneyland e ficaram encantados com o conceito da Mansão, nisso inspiraram o estilo para produção de um filme de terror e formaram o grupo para compor as músicas para o filme, aprenderam a tocar vários instrumentos, a finalidade era produzir um filme de terror desses estilos antigos mas ao mesmo tempo musical e romantico, imagine voce um musical sobre um casal de namorados fantasmas, legal né, poderia até ser um bom filme. Mas depois perceberam que o projeto ficaria muito caro e deixaram apenas as músicas que tinham composto.



 Foram incluídos no projeto o coral de crianças Silverlake Conservatory of Music, de Los Angeles. O estilo do som lembra muito as músicas do Beirut, porém sem as fanfarras, usado o tempo todo nas músicas de Beirut, porém o resultado de Dead Man's bones é um disco bastante assustador e poderoso, que mistura música e alguns conceitos de filmes de terror antigos.

Fica aqui um Link para quem quiser baixar o àlbum:
Dead Man's Bones 2009

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Segundas Instrumentais - Bendir




O Bendir é um pandeiro típico do Marrocos e Algéria. Há instrumentos semelhantes em todo o oriente próximo, do Marrocos ao Iraque. A característica marcante deste instrumento é as cordas que correm por dentro do corpo, rentes ao couro. Geralmente são 2 cordas, mas pode ser mais. Elas são responsáveis pelo som de zumbido característico, marcante na música Berber.
Esse pandeiro grande tem uns 20cm de largura (profundidade), e é feito de couro de cabra e madeira. Tem até 70cm de diâmentro. O Bendir costuma ser decorado com desenhos ou frases do Alcorão, usando para isso a henna. Ele tem um pequeno furo na parte de baixo, usado para equilibrar o instrumento na base do polegar esquerdo, enquanto os dedos da mão esquerda batem de leve na borda e a mão direita toca na borda e no centro. As batidas no centro soam parecidas com o som do Tar, um pandeiro que não tem as cordas. As batidas no centro criam um tom estridente que morre rápido.

No mercado Jma-el-fna, em Marrakesh, o som do Bendir enche o ar. O alaúde, ou outro instrumento de corda, é quem o acompanha para cantar músicas de anedotas (nas quais os ouvintes têm que pagar os músicos para ouvir o final). Apesar de ser difícil encontrar o Bendir fora do Marrocos, o Tar, o Riq e outros pandeiros são muito vistos. Os pandeiros são comuns por serem tão simples, existindo em vários lugares do mundo. O bodhrán irlandês é tocado com trinados de um bastão de duas extremidades. Os pandeiros norte-africanos como o Tar têm couros leves e são tocados com batidas fortes e leves, e trinados dos dedos em diferentes partes do couro.








sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Sextas Históricas - Música Medieval


Durante muito tempo, a música foi cultivada por transmissão oral, até que se inventou um sistema de escrita. Por volta do século IX apareceu, pela primeira vez, a pauta musical. O monge italiano Guido d’Arezzo ( 995 -1050) sugeriu o uso de uma pauta de quatro linhas. O sistema é usado até hoje no canto gregoriano.
A utilização do sistema silábico de dar nome às notas deve-se também ao monge Guido d'Arezzo e encontra-se num hino ao padroeiro dos músicos, São João Batista:
Ut queant laxit (Com o passar do tempo o Ut foi substituído pelo Do . Ressonare fibris Mira gestorum Famuli tuorum Solvi polluti Labii reatum Sancte Ioannes
O tipo de música mais antigo que conhecemos consiste em uma única linha melódica cantada, sem qualquer acompanhamento. Este estilo é o chamado Cantochão ou Canto Gregoriano. Com o passar do tempo acrescentou-se outras vozes ao cantochão, criando-se as primeiras composições em estilo coral.
Além do Cantochão, cantado nas igrejas, produziam-se na Idade Média muitas danças e canções. Durante os séculos XII e XIII houve intensa produção de obras em forma de canção, composta pelos Trovadores, poetas e músicos do sul da França.
As danças eram muito populares em festas e feiras e podiam ser tocadas por dois instrumentos, como um grupo mais numeroso. Os instrumentos que acompanhavam estas danças incluíam: a viela (antepassado da família do violino), o alaúde, flautas doces de vários tamanhos, gaitas de foles, o trompete reto medieval, instrumentos de percussão ( triângulos, sinos, tambores).

Principais Compositores Medievais:


Perotin - século XII
Leonen - século XII
Guido d’Arezzo 995/ 1050
Philippe de Vitry 1290 - 1361
Guillaume de Machaut - 1300/ 1377
John Dunstable - 1385/ 1453

Sextas Históricas - Música Erudita


Quando ouvimos uma música executada por uma orquestra, o termo “música clássica” é empregado em dois sentidos diferentes. As pessoas, às vezes, usam a expressão ‘música clássica’ considerando toda a música dividida em duas grandes partes: ‘clássica’ e ‘popular’.


Para o estudioso ou musicólogo, entretanto, ‘Música Clássica’ tem sentido especial e preciso:
é a música composta entre 1750 e 1810, que inclui a música de Haydn, Mozart, Beethoven e outros.
As composições de outros autores, não podem ser consideradas clássicas. Ouvir Bach ou Vivaldi significa dizer que estamos ouvindo música barroca, se referirmos a Chopin, estaremos ouvindo música do período romântico.
Se quisermos generalizar, pudemos dizer que gostamos de música Erudita.
Não falaremos da música dita popular, com as suas várias definições, pois essas podem levar o sujeito a estados de muita alegria ou mesmo de grande depressão. Aquelas que falam do amor entre homem e mulher podem ilustrar o que estamos querendo dizer. Podem causar entusiasmo de alegrias ou levar o sujeito a cometer erros em nome desse amor; pode elevar o sentimento como, pode também rebaixá-lo a ponto de deixá-lo na sarjeta.


A música Erudita em todos os seus períodos tende a levar o sujeito ao equilíbrio, pois, uma onda sonora causa mudanças na pressão do ar na medida em que se move através dele. Desta forma, quando os temas musicais fluentes, diminuem a velocidade da pulsação do coração e da respiração, você mergulha em um mundo de harmonia que lhe transmite paz, tranqüilidade e relaxamento.
Composições cheias de tranqüilidade evocam as imagens que vão até as fronteiras de sua percepção, comovendo você profundamente. Por isso, quando você ouve um “canto Gregoriano” ou uma música mais tranqüila (harmônica), você tende a se acalmar e a entrar num estado de relaxamento e reflexão. Lembre-se ainda que as ondas sonoras dessas músicas tendem a baixar a pressão no ar deixando-o mais rarefeito. Por isso, muitas pessoas ao ouvirem música dessa natureza sentem sonolência ou entram num estado de reflexão devido ao relaxamento dos músculos provocado pelo ar rarefeito.



Um pouco mais sobre a música erudita para melhor compreensão:

Entre os vestígios remanescentes das grandes civilizações da antiguidade, foram encontrados testemunhos escritos em registros pictóricos e escultóricos de instrumentos musicais e de danças acompanhadas por música. A cultura sumeriana, que floresceu na bacia mesopotâmica vários milênios antes da era cristã, incluía hinos e cantos salmodiados em seus ritos litúrgicos, cuja influência é perceptível nas sociedades babilônica, caldéia e judaica que se assentaram posteriormente nas áreas geográficas circundantes. O antigo Egito, cuja origem agrícola se evidenciava em solenes cerimônias religiosas que incorporavam o uso de harpas e diversas classes de flautas, alcançou também alto grau de expressividade musical.
Na Ásia -- onde a influência de filosofias e correntes religiosas como o budismo, o xintoísmo, o islamismo etc. foi determinante em todos os aspectos da cultura -- os principais focos de propagação musical foram as civilizações chinesa, do terceiro milênio antes da era cristã, e indiana.
O Ocidente europeu possuía uma tradição pré-histórica própria. É bem conhecido o papel preponderante assumido pelos druidas, sacerdotes, bardos e poetas, na organização das sociedades celtas pré-romanas.
A tradição musical da Anatólia, porém, penetrou na Europa através da cultura grega, cuja elaborada teoria musical constituiu o ponto de partida da identidade da música ocidental, bastante diversa da do Extremo Oriente.
A música americana pré-colombiana possui acentuado parentesco com a chinesa e a japonesa em suas formas e escalas, o que se explica pelas migrações de tribos asiáticas e esquimós através do estreito de Bering, em tempos remotos. Finalmente, a cultura musical africana não-árabe peculiariza-se por complexos padrões rítmicos, embora não apresente desenvolvimento equivalente na melodia e na harmonia.

Diante do exposto, podemos dividir a história da música em períodos distintos, cada qual identificado por um estilo. É claro que um estilo musical não se faz da noite para o dia. É um processo lento e gradual, sempre com os estilos sobrepondo-se uns aos outros. Mas, para efeito de classificação, costuma-se dividir a História da Música do Ocidente em seis grandes períodos:

Música Medieval, Música Renascentista, Música Barroca, Música Clássica Música Romêntica e Música Moderna.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Banda Eva agita o Primavera Festival em Ribeirão

Maratona musical ocorre sábado (17) e domingo (18)

Uma das maiores bandas do axé da Bahia promete chacoalhar Ribeirão Preto no domingo (18), durante o Primavera Festival, que acontece também em Americana.
Comandada pelo vocalista Saulo Fernandes, a Banda Eva aterrissa com o melhor do suingue baiano no festival que comemora o aniversário de 30 anos da EPTV. O show divulga o novo trabalho da banda, "Lugar da Alegria", e reúne grandes sucessos que consagraram o Eva, como "Arerê", "Não me Conte seus Problemas" e "Carro Velho".
A Banda Eva é formada por Saulo Fernandes (vocais), Adriano Gaiarsa (teclados), Ronaldo Cavalcante (guitarra), Leo Pinheiro (baixo), Fábio Rocha (bateria), Alan Toreba e Rudson Daniel (percussão), Marcelus Leone (sax e flauta) e Alcione Rocha (trompete).



Programação:

Ribeirão Preto (Parque Permanente de Exposições):

Sábado (17), às 20h:
Maria Cecília e Rodolfo, Capital Inicial e Daniela Mercury
Domingo (18), às 18h:
Exaltasamba, Edson & Hudson e Banda Eva


Americana (Recinto da Festa do Peão):

Sábado (17), às 20h:
Exaltasamba, Edson e Hudson e Nx Zero
Domingo (18), às 18h:
Daniela Mercury, Jorge & Matheus e Capital Inicial

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Banda de Quarta - Bad Company

Como de costume, toda quarta tentarei postar bandas antigas que fizeram sucesso. A banda dessa semana chama-se Bad Company, que surgiu no final do ano de 1973 com a dissolução definitiva do Free. Paul Rodgers, embora tivesse recebido um convite tentador para substituir Ian Gillan no Deep Purple, resolve montar uma nova banda, juntamente com outro membro do Free, o baterista Simon Kirke. Convidam o guitarrista do Mott The Hoople, Mick Ralphs, que aceita de imediato, pois estava insatisfeito com a liderança de Ian Hunter imposta por David Bowie. No baixo chamam Raymond “Boz” Burrel, ex-Centipede e ex-King Crimson.

Empresariados por ninguém menos que Peter Grant (famoso empresário do Led Zeppelin) assinam um contrato com a gravadora Island, e logo no início de 1974 lançam seu primeiro disco, intitulado somente “Bad Company”, que ocupa o primeiro lugar na parada Norte-Americana, lançando juntamente um single, “Can’t Get Enough”, que atinge o quinto lugar, ao mesmo tempo em que fazem um turnê de sucesso pela terra de Tio Sam. Logo que retornam gravam mais um disco, lançado no mesmo ano, o “Straight Shooter”, que atinge o terceiro posto nos EUA, além de mais um single no topo das paradas, “Feel Like Makin’ Love”.

Em 1976 sai “Run With The Pack”, com mais um single de sucesso, “Young Blood”. No início de 1977 outro play, o “Burnin’ Sky” cuja faixa-título atinge os primeiros lugares da parada. Apesar de todo o sucesso, a banda fica três anos sem gravar, retornando em 1979 com “Desolation Angels”, que sai pelo selo Swan Song (do Led Zeppelin). Embora à partir desse disco fizessem uso de sintetizadores, seu hard-blues continuava característico, e emplacam mais um single de sucesso nos States, a faixa “Rock’N’Roll Fantasy”.

Inexplicavelmente ficam novamente mais três anos sem gravar, retornando somente em 1982 com “Rough Diamonds”, bem aquém de seus trabalhos anteriores, o que acaba culminando com o fim da banda.

Kirke vai para o Wildlife, ficando por lá cerca de um ano e lançando um disco com a banda. Rodgers vai para o The Firm de Jimmy Page, depois sai para uma carreira solo bem sucedida. Burrel monta um projeto efêmero chamado Nightflight com Mick Moody (ex-Whitesnake) e Zakk Starr (filho de Ringo Starr).

Como Ralphs ficara desempregado, e Kirke e Burrel não conseguem obter êxito em outros projetos, resolvem remontar o Bad Company em 1986 com Brian Howe no lugar de Rodgers. A gravadora chega à lançar uma coletânea (“10 from 6”) anunciando o retorno da banda, que vêm na forma do álbum “Fame & Fortune” (o título já denunciava as intenções do pessoal, não?) lançado no ano seguinte. Porém a sonoridade da banda havia mudado muito, em parte devido ao vocal de Howe que era totalmente diferente do vocal de Rodgers, em parte graças ao amplo uso de sintetizadores, que de acordo com as palavras de Kirke numa entrevista da época “funciona muito bem em estúdio, mas ao vivo não dá muito espaço para o trabalho (de guitarra) de Ralphs”. Devido à isto, em seu próximo álbum, “Dangerous Age”, lançado em 1988 já pelo selo ATCO, há uma diminuição na ênfase dos sintetizadores. Porém, mesmo assim, os antigos fãs continuam torçendo o nariz para o estilo “americanizado” que a banda adotara. Talvez por isso Burrell deixa a banda em 1988, e a banda fica sem baixista definitivo até 1993, quando Rick Wills assume o baixo. Nesta época já haviam saído “Holy Water” e “Here Comes Trouble”, que contam com mais um membro, o guitarrista Dave “Bucket” Colwell.

Porém a banda andava insatisfeita com os vocais de Howe, e a gota d’água veio com o álbum “The Best Of Bad Company Live… What You Hear Is What You Get”, que retratava um show feito nos Electric Lady Studios que seria transmitido para algumas rádios Norte-Americanas, porém a gravadora propõe lançar um álbum ao vivo em comemoração dos 20 anos da banda. Acabam concordando, porém a intenção dos músicos era de lançar o álbum de forma mais natural possível, contudo Howe acaba regravando praticamente todos os vocais. Resolvem então mandá-lo embora, porém devido à problemas contratuais e interferência da gravadora a separação foi extremamente traumática.

Com a entrada do novo vocalista, Robert Hart, há uma injeção de ânimo na banda, e com ele gravam os álbum “Company Of Strangers” e “Stories Told & Untold”, no qual abandonam definitivamente o estilão comercial que haviam feito nos últimos tempos. De acordo com uma entrevista de Kirke à uma revista, “o que não consegue nos destruir acaba nos fortalecendo. Houve um momento no passado em que deixamos de ser simplesmente uma banda e isto que somos passou a ser um estilo de vida. Agora sinto que o círculo está encerrado – o som que fazemos hoje poderia muito bem ter sido feito há vinte anos atrás. Valeu à pena todos os problemas e atribulações pelo qual passamos em todos este tempo, pois sinto que agora chegamos onde deveríamos”

Retomando a formação original somente para algumas apresentações, a banda lançou em 2003 o álbum ao vivo “The Merchants Of Cool”.


Clique aqui para baixar o álbum Desolation Angels de 1979